DCEC: Semana de 23 a 29 de setembro de 2024

Ao refletirmos sobre as palavras do Evangelho de Mateus, capítulo 6, somos lembrados do profundo e íntimo relacionamento que Deus deseja ter com cada um de nós. Neste texto, Cristo nos ensina sobre o verdadeiro significado da oração e da comunhão com o Pai, e nos conduz a uma compreensão maior do que significa buscar a Deus em secreto. Vemos que o Pai, que está em todo lugar, nos aguarda nesse lugar secreto — um lugar de intimidade e revelação. Jesus nos mostrou esse caminho quando, repetidamente, se retirava para orar a sós com o Pai. Ali, no silêncio do coração, Deus se revela e nos transforma.

Um dos temas centrais abordados é a oração como um diálogo sincero com o Pai. Muitos podem perguntar: “Se Deus já sabe de todas as coisas, por que orar?” Jesus responde nos mostrando que a oração não é apenas para que Deus ouça nossas petições, mas para que nosso coração seja exposto e transformado na presença d’Ele. Ao orar, algo em nós morre — nosso orgulho, nosso egoísmo — para que algo de Deus nasça em nós. Assim como Paulo, que orou por três vezes pedindo que o espinho em sua carne fosse removido, mas foi ensinado a depender da graça divina, somos chamados a submeter nossas vontades e desejos à perfeita vontade do Pai.

Outro aspecto fundamental é o perdão. “O Pai perdoa”, nos diz Jesus. O perdão é a chave para um relacionamento saudável com Deus e com o próximo. Como filhos de Deus, devemos viver debaixo desse perdão constante, que nos é oferecido, e, da mesma forma, liberar perdão àqueles que nos ofendem. A incapacidade de perdoar corrói nossa alma e impede que experimentemos a liberdade que Cristo conquistou para nós. O perdão não é apenas uma prática recomendada, mas uma exigência para aqueles que desejam caminhar em plena comunhão com Deus.

Cristo também nos ensina que Deus vê todas as coisas e sustenta aqueles que confiam n’Ele. As Escrituras são claras: Deus cuida das aves e dos lírios do campo, e se Ele faz isso, quanto mais cuidará de nós, seus filhos amados! Nossa ansiedade pelo futuro, nossas preocupações com as coisas terrenas, devem ser colocadas diante do Pai, que sabe exatamente do que precisamos. Ao buscar primeiro o reino de Deus, todas as demais coisas nos serão acrescentadas. Portanto, a ansiedade e o acúmulo de bens terrenos não devem dominar nossos corações.

Na conclusão desse ensinamento, Jesus nos convida a entrar no lugar secreto, onde podemos nos encontrar verdadeiramente com o Pai. Esse lugar é onde nossa alma se calibra, onde silenciamos as vozes ao nosso redor e ouvimos a doce voz de Deus. No secreto, somos despertados espiritualmente, renovados em amor e capacitados para discernir o tempo em que vivemos, à luz da Palavra de Deus.

Perguntas para reflexão:
1.⁠ ⁠Quando foi a última vez que você se retirou para estar no secreto com Deus e expôs verdadeiramente seu coração diante d’Ele?
2.⁠ ⁠Você tem permitido que a falta de perdão o impeça de viver a plenitude do amor e da comunhão com o Pai?
3.⁠ ⁠Como você pode ajustar suas prioridades diárias para buscar primeiro o reino de Deus, confiando que Ele sustenta todas as suas necessidades?

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *