DCEC: Espírito, Alma e Corpo

LER: 1 Ts 5: 23-24

Nós somos seres humanos feitos à imagem de Deus, e assim como Deus é 3 em 1, nós o somos. Temos uma vida que é composta pela vida do espírito (zoe), vida da alma (psique), e vida do corpo (bios). Cada uma dessas partes, formam a totalidade do ser humano e possuem funções específicas a serem exercidas da forma correta, a fim de que sejamos homens e mulheres espirituais. No texto desta semana vamos meditar e entender o funcionamento de cada parte, bem como desfazer alguns enganos que podem surgir ao olharmos para esse tema.

Começaremos com o corpo, que é a expressão visível do ser humano. É aquilo que vemos nos espelho, que tocamos, e, portanto, acaba sendo a parte que conseguimos compreender mais facilmente. O corpo vai receber e decifrar aquilo que é físico, é onde está presente os desejos e necessidades que atendem a vida natural, como comer, dormir etc.

O espírito do homem é o oposto do corpo em relação ao ambiente que ele interage. Enquanto no corpo o ambiente era físico e natural, agora a interação do nosso Espírito é com o ambiente espiritual, o qual não vemos. Em 1 Co 2:14 a palavra nos confirma isso ao afirmar que as coisas espirituais se discernem espiritualmente.

O espírito possui 3 funções principais, são elas a consciência, intuição e comunhão. Através da consciência sabemos o que agrada a Deus ou não, discernindo o que é certo e errado, e isso não depende de conhecimento, a consciência no espírito está além da compreensão humana e somente pelo próprio Espírito Santo de Deus é possível discernir corretamente. A intuição trata-se de compreender a vontade de Deus sem depender de um raciocínio lógico, ela nos mostra a vontade de Deus pronta e acabada. Um exemplo é quando recebemos direção de Deus, através de uma convicção interior, sem precisar pensar e concluir com nosso intelecto. A comunhão é o alvo final do trabalho do Espírito Santo no homem. Ele usa a consciência e a intuição para nos levar a comunhão com o Pai. É isso que Deus mais deseja com seus filhos. A eternidade, nada mais é, do que uma eterna comunhão.

Por fim temos a alma que faz a ligação entre o espírito e o corpo, e nela também há três funções. A primeira das funções é o das emoções ou sentimentos, os quais já conhecemos bem e convivemos diariamente. A segunda função é a mente, que é onde ocorrem os nossos pensamentos e raciocínios. E por último vem a vontade, que é uma função chave da alma e através dela o homem pode decidir entre o conflito de escolher a inclinação da carne ou do espírito.

Dentro de tudo isso precisamos cuidar de alguns enganos que podem surgir ao discorrermos sobre esses assuntos. O primeiro engano é achar que eu mesmo posso reordenar minha vontade para estar alinhada com o espírito. Isso é engano pois esse trabalho é do Espírito Santo, não há coisa alguma que possamos fazer para avançar nisso. O segundo engano é pensar que o Espírito Santo vai fazer uma reforma na nossa alma ou nos nossos desejos. Ele não vai melhorar a carne, ele vai mortificar os feitos do corpo, esse é o trabalho da cruz operando em nós. O terceiro engano é pensar que ao mortificar as obras da carne a nossa alma vai morrer também e que nosso corpo não tem nenhum valor. Deus não anula a nossa alma, ele coloca nossa alma no lugar correto, pois se a alma fosse anulada, entraríamos numa passividade que não agrada ao Senhor. Assim como nosso corpo é parte de nós e também é importante para o cumprimento da vontade de Deus em nossas vidas.

No homem espiritual a alma está sujeita ao espírito e o corpo está sujeito a alma, essa é a ordem estabelecida por Deus. Um homem sem Deus é o retrato de uma alma desordenada. A pergunta que permanece é: Estamos pendendo para a carne ou para o espírito? O que tem nos impedido de ser um homem/mulher espiritual? Compartilhe a resposta dessas perguntas com seus irmãos e orem juntos para que o Senhor seja sempre o primeiro lugar em nossos corações.

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