Semana de 25 de fevereiro a 2 de março de 2024
LER: Rm 16:25-27
Estes são os últimos versículos da carta de Romanos, os quais, de certa forma, resumem toda a mensagem que o Espírito Santo quis transmitir por intermédio de Paulo. Este trecho final também mostra um paralelismo com o início da carta, reforçando que Romanos não é apenas uma epístola de doutrina. Há uma poderosa revelação sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo; sobre Seu propósito eterno; e o papel do evangelho para nossa inclusão nos planos de Deus.
Paulo começou a carta (Rm 1.2) falando de um evangelho prometido pelos profetas, o qual já apontava para o Filho, que veio em carne, manifestou-se como Filho de Deus, morreu e ressuscitou para que fôssemos incluídos Nele. E, uma vez inseridos em Cristo, somos chamados à comunhão no Espírito, a uma vida de confiança e à obediência de Seus mandamentos, três aspectos da fé que nem sempre são considerados.
Por toda a carta, esse será o assunto de Paulo, ponto por ponto, lenta e profundamente explicado. E quando chega ao final, Paulo retoma o que falou no início, apontando mais uma vez para o Deus que é a origem de tudo, que revelou a Paulo (e a nós) o evangelho da salvação. Mas, e agora, sabedores do que estava “guardado em silêncio nos tempos eternos” e tendo a vida eterna, em Espírito, habitando em nós, o que vamos fazer?
Parece que o recado final para os romanos e para nós é um só: fomos chamados para viver hoje e eternamente em “obediência por fé”, expressão que se repete em Rm 1.5 e Rm 16.26. A desobediência como pecado original nos tirou do caminho proposto pelo Pai, mas o Filho nos recolocou nele. Logo, se tentarmos desassociar fé e obediência, não conseguiremos andar em plena comunhão com Deus, sendo esse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Vamos cair em um destes dois enganos: ou tentamos (sem sucesso) fazer coisas que nos habilitem a ser filhos de Deus, ou nos enganamos achando que tudo que fazemos ou deixamos de fazer para agradar o Senhor é sem valor, pois a obra é de Cristo e não nossa.
A fé no Cristo que foi revelado nos une a Ele, nos dá o Espírito Santo e nos reconcilia com o Pai, olhando sempre para o alvo do Propósito. Caminhando dessa forma, confiamos em seus mandamentos (não no nosso conhecimento), buscamos a direção do Espírito Santo em todos os assuntos e situações da vida, por mínimo que seja, e morremos para nossa vontade a fim de obedecer à boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Essa é a vida do justo, aquele que vive pela fé, crendo, confiando, obedecendo e se alegrando na imensa e tremenda vida eterna que vai desfrutar ao lado do Senhor, pelos séculos dos séculos. Sem esquecer que hoje já é tempo de viver assim.
Aproveite esta última semana para compartilhar com seus irmãos o que o Espírito Santo revelou a você e o que Ele transformou em sua vida nessa jornada do livro de Romanos. Outra sugestão do que pode ser feito nos grupos é falarmos o que estamos nos propondo a fazer (viver) com o que recebemos. Façamos uma aliança de nos ajudar mutuamente a guardar essa revelação, para que ela seja sempre viva e transformadora para cada discípulo.