Semana de 14 a 20 de janeiro de 2024
LER: Rm 15:8-13
Seguindo o ensino da semana passada, onde fomos ministrados sobre a importância de acolhermos uns aos outros no amor de Cristo, Paulo aproveita para tratar de um dos conflitos mais divisivos da época: Judeus e Gentios vivendo juntos no Reino de Deus, em unidade.
Vamos começar nosso estudo observando a beleza de como o Espírito Santo trabalha essa questão da unidade através de Paulo. O livro de Romanos inicia, já no capítulo 1, tratando de como os gentios são culpáveis diante de Deus pelos seus pecados. Já nos capítulos 2 e 3, Paulo trabalha para estabelecer que os Judeus são igualmente culpáveis. Não há distinção, todos pecaram (Romanos 3:22). Ou seja, existe unidade na culpa.
A partir do capítulo 4, uma vez estabelecida a universalidade da culpa, Paulo trabalha a salvação com base na graça. Mais adiante, a partir do capítulo 13, vamos ver o assunto do amor entre os irmãos e como isso muda nossa forma de tratarmos uns aos outros, levando-nos a recebermos cada um como Cristo nos recebeu. Sem preconceitos ou julgamentos errados.
Agora, ao fim da epístola, depois de termos percorrido todo esse caminho de redenção e restauração, mais uma vez a unidade entre os Judeus e Gentios, cidadãos de Roma, aparece. No entanto, agora a unidade não é mais no pecado ou na condenação, mas no fato de que, em Cristo, existe uma única esperança.
Embora a maioria de nós não vivencie o conflito desses dois grupos mencionados em Romanos, esse princípio se aplica a nós de forma muito poderosa. Sempre que nos encontrarmos permitindo que sejamos divididos em grupos dentro do Reino de Deus, podemos lembrar de algumas coisas:
Todos temos virtudes. Assim como Judeus e Gentios possuíam qualidades específicas que foram usadas por Deus, às vezes nos deixamos dividir por dons que deveriam nos unificar.
Todos fomos igualmente perdoados por Deus. Assim como Cristo nos recebeu sem mérito, simplesmente por amor, devemos também receber nossos irmãos.
Todos possuímos uma mesma esperança em Jesus! Contanto que nossas diferenças não sejam essenciais, todos temos andado no único caminho para salvação e temos uma única esperança eterna em Cristo.
Certa vez, George Whitefield foi perguntado, por causa das diferenças teológicas, se acreditava que veria John Wesley no céu. Ele respondeu: “não, porque ele estará sentado tão mais perto do trono eterno de Cristo que não poderemos vê-lo”. Assim deve ser nosso coração para com nossos irmãos. Compartilhe em seu grupo caseiro situações de divisão que você tenha experimentado e como Jesus operou a unidade para sua glória.