Semana de 22 a 28 de outubro de 2023
LER: Rm 11:1-16
O desejo de Deus é ter um povo fiel. Nesta profunda passagem sobre o papel de Israel no plano eterno de Deus, podemos vislumbrar a beleza do coração divino.
Paulo afirma que “Deus não rejeitou o Seu povo, a quem antes conheceu”. Deus sempre antecipou toda a história. Desde os pecados de Abraão até a adoração do Bezerro de Ouro, cada murmúrio no deserto e a rejeição de Seu Filho Jesus — desde o início, nada esteve oculto para Deus. Ele já conhecia Israel.
Se Deus é absolutamente Santo, porque Ele escolheu um povo mesmo conhecendo todas as suas infidelidades? O texto nos responde.
Primeiramente, Ele faz isso para manifestar Sua graça e misericórdia: “Mas, se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça” (v. 6). Somos imperfeitos. Se Deus escolhesse um povo perfeito, Ele não poderia eleger nem judeus nem gentios. Contudo, ao escolher pedras imperfeitas para construir, a habilidade e graciosidade do construtor se tornam ainda mais evidentes. Através das imperfeições de Israel, resplandecem exemplos do amor e da graça de Deus.
Em segundo lugar, Deus faz isso para incluir os gentios no propósito: “Porventura tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios” (v. 11). A infidelidade de Israel abriu caminho para que Deus revelasse um mistério em Seu propósito: trazer também os gentios de todas as nações para Sua família de filhos, chamados a viver como Jesus.
Em terceiro lugar, Deus faz isso em virtude do princípio da ressurreição: “Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?” (v. 15). Tudo o que Deus realiza está enraizado na ressurreição. Mesmo que Israel tenha falhado quando rejeitou o Messias, os dons e a vocação de Deus permanecem irrevogáveis (v. 29). Embora possamos falhar, Deus não o fará. Quando Israel foi restabelecido como nação em 1948, quase 1900 anos após sua destruição no ano 70, o mundo testemunhou a vida surgindo da morte. Quão grandioso será o testemunho quando Israel se voltar para Jesus? Um povo, outrora rejeitado por Deus, verá o cumprimento das promessas mediante a fé.
O mesmo princípio pode ser aplicado a nós hoje. Deus escolhe vasos frágeis porque, em nossa fraqueza, refletimos com maior intensidade a graça e a misericórdia divinas. Fomos escolhidos, pois quando a ressurreição opera em nós, Jesus recebe toda a glória. Deus conhece nossas fraquezas, mas nos chamou mesmo assim.
Qual deve ser nossa resposta? Começamos essa meditação afirmando que Deus deseja um povo fiel. Embora Ele conheça cada pecado que cometemos, Seu anseio é encontrar em nós corações inabaláveis, que não se curvam diante de Baal. Deus anseia por um remanescente fiel, e diariamente Ele procura corações plenamente entregues. O que você tem sido? Duro e rebelde, confiando que a misericórdia de Deus varrerá seus pecados para debaixo do tapete? Ou fiel, lutando para permanecer firme e honrar Jesus nos desafios deste mundo, mesmo em meio a falhas e pecados? Compartilhe com seus irmãos e encorajem-se mutuamente para que Deus encontre cada vez mais um povo totalmente seu, zeloso por boas obras (Tito 2:14).