Semana de 24 a 30 de setembro de 2023
Rm 9:19-33
Devemos ter como alvo a sujeição de nossa vontade à soberana vontade do Senhor, por fé, por amor, e não por imposição. O texto que vamos meditar nesta semana, ao tratar dessa dualidade de vontades, dá lugar a muitos questionamentos e gera certa polêmica: será que a soberania de Deus anula a minha vontade, será que Ele pré-arranjou todas as coisas e vivemos apenas um jogo de cartas marcadas?
Na verdade, a soberania de Deus é algo que nossa mente limitada não conseguirá compreender de forma plena. Mas, certamente, podemos aceitar que, de um lado, Deus nunca perdeu o controle das coisas que ele criou; e que, por outro lado, Ele aguarda uma resposta de fé de cada indivíduo.
Mesmo que todos os homens tenham pecado, aqueles que são alcançados pela misericórdia de Deus e respondem positivamente a esse chamado, recebem o perdão e passam a viver na ótica do que mencionamos inicialmente: sujeitar-se, por fé, à vontade do Senhor. Além disso, aquele que crê tem o direito de se tornar filho de Deus e de fazer parte do Seu povo, que habitará para sempre com Ele. Nesse ponto, é preciso entender qual a nossa relação com os descendentes de Israel. Nós, a igreja, somos substitutos desse povo? Fazemos parte dele? São dois tipos de “filiação”?
A resposta a esses questionamentos parece estar muito clara nos versículos 30 a 33: o problema do povo de Israel foi ter confiado no cumprimento da lei como a sua justiça (algo que lhe permitiria estar diante de Deus). Por isso, já que agiram pelo seu próprio esforço e não por fé, acabaram tropeçando e caindo. Mas não estão, de todo, perdidos. Tanto judeus quanto gentios só podem chegar a Deus por fé. O Soberano Senhor não manipula a vontade do homem, mas se revela a ele aguardando uma resposta de fé. E tal resposta de fé vai conduzi-lo a uma atitude de sujeição à vontade de Deus, o Soberano.
Medite nessa palavra e depois compartilhe o que Deus lhe falou: estou vivendo na busca de me sujeitar completamente à vontade de Deus, por fé? Caso a resposta não seja plenamente positiva, o tempo do encontro da igreja na casa é uma excelente oportunidade para abrir o coração e pedir ajuda aos irmãos.