Semana de 4 a 10 de junho de 2023
LER: Rm 4:9-25
A salvação, pela graça e mediante a fé, é o fundamento do evangelho. Inclusive, foi um dos temas centrais da Reforma Protestante iniciada em 1517. Paulo expõe isso aos Romanos no capítulo 4, versículos 9 ao 25. O apóstolo afirma que a salvação não é através das obras, mas pela fé naquele que justifica os ímpios. Não é baseada na lei, mas na graça de Deus, para que o homem não se glorie. Paulo cita o exemplo de Abraão que, antes da lei, foi-lhe imputada a justiça de Deus por causa de sua fé e continua recitando um salmo de Davi onde declara que “feliz é o homem a quem Deus credita justiça independente de suas obras.”
A fé, como sabemos, faz parte do início ao fim da vida de um discípulo. Contudo, que tipo de fé é esta que nos salva?
Essa fé descrita em Romanos não é apenas saber que Deus existe. Como abordado por Tiago, até os demônios creem e tremem (Tg 2.19). A natureza da fé que nos salva é um compromisso íntimo e pessoal com Cristo que envolve confiança e dependência.
É uma fé que crê apesar de todas circunstâncias externas. Independente da lógica, da física, do natural, biológico ou qualquer outro fator que possa estar em questão (Rm 4:18-19). É uma fé que não duvida (Rm 4:20). A nossa fé deve ser uma fé sincera (1 Tm 1:5) e pura, como de uma criança. Deve ser uma fé confiante, mas não orgulhosa.
Na história da Igreja surgiram embates a respeito de assuntos fundamentais da nossa fé, como a divindade de Cristo, a humanidade de Cristo, a ressurreição de Cristo, a veracidade e eternidade da Palavra de Deus, o batismo e a própria salvação. Houve quem afirmasse que poderíamos comprar a salvação com um punhado de moedas, as famosas indulgências.
Precisamos estar esclarecidos quanto ao objeto da nossa fé para crermos nas coisas certas. Devemos nos apegar naquilo que foi revelado na Palavra de Deus. Judas, em sua carta, exorta os irmãos a batalharem pela fé que havia sido dada a eles, pois haviam se introduzido entre eles alguns “homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus” (Jd 1:4).
Portanto, a fé que nos salva deve estar posta no sacrifício de Cristo e na Sua ressurreição. Devemos crer que Ele morreu pelos nossos pecados e que podemos ser lavados pelo Seu sangue, não por merecimento, mas por graça. Isso basta para que fiquemos limpos e livres de toda condenação.
A fé que nos salva não tem espaço para justiça própria, para autopromoção e vanglória. A fé que nos salva é uma fé humilde, pura, fruto de uma intimidade e de um relacionamento de amor com nosso Pai. Esta deve ser a fé de alguém que sabe que não era merecedor de nada, e que não poderia fazer nada para ser salvo, mas que, em Cristo, acabou possuindo tudo e encontrou o maior dos tesouros.
Se você conhece alguma pessoa que não é convertida e que busca sempre fazer o bem, crendo que irá para o Céu, compartilhe esse texto com ela. Explique que ela precisa ter fé na obra de Cristo e na graça de Deus. A graça é um dom imerecido. Se você tem vivido uma vida cristã fatigada em obras com intenção de agradar a Deus, ou se você já duvidou de sua própria salvação, apegue-se a essa palavra, retire o peso que está em suas costas, e viva um relacionamento de intimidade e amor com o Pai.