Semana de 09 a 15 de abril de 2023
LER: Rm 1.24-32
O inferno é o juízo final de Deus, mas nem sempre Ele espera até o fim dos tempos para julgar. Dentre todas as promessas de condenação contra o orgulho e a rebeldia humanas, você sabe qual é a promessa mais severa de todas? Fogo do céu? Enfermidades? Pragas? Nos versículos desta semana, veremos que o juízo mais severo de Deus acontece quando Ele abandona um povo, entregue aos seus próprios pecados.
Se Romanos é um livro sobre o Evangelho, é natural que ele comece tratando sobre a necessidade do evangelho. Como vimos na semana passada: o mundo, em pecado, está debaixo da ira de Deus. Quanto maior o envolvimento com o pecado, mais a ira de Deus se revela. Portanto, entre os versículos 24 a 32 de Romanos 1, Paulo usa três vezes a expressão “Deus entregou”. Cada uma fala de um abandono maior de Deus em resposta a um nível maior de iniquidade humana.
O primeiro abandono está no versículo 24: “Deus entregou tais homens à imundícia”. Esse abandono é uma resposta de Deus ao orgulho humano, que adorou a criatura em lugar do Criador. Deus, o Autor da vida, que sabe como ela deve ser vivida em sua plenitude, permite que o mundo viva como quiser. O resultado disso é uma revolução sexual: pessoas que estão entregues a todo tipo de impureza e que não têm controle de si.
O segundo abandono está no versículo 26: “os entregou Deus a paixões infames”. Aqui, a revolução sexual dá lugar a um movimento homossexual: homens se envolvam com homens e mulheres se envolvam com mulheres, em contrariedade com a ordem perfeita da natureza criada por Deus.
O terceiro abandono está no versículo 28: “os entregou a uma disposição mental reprovável”. Neste último estágio, a mente, sendo a faculdade mais importante da alma, que nos permite compreender a verdade do evangelho, se torna profundamente afetada pelo pecado. Verdades antigamente inquestionáveis se tornam motivo de piada para o mundo. Noções básicas da biologia, história e ética são negadas como se fossem opcionais. Nesse estágio, como nos diz o texto, os pecados que começaram na esfera sexual, se proliferam para todas as relações da vida. Amizades destruídas, famílias separadas, filhos desobedientes aos pais… os próprios pilares que sustentam a sociedade começam a ruir porque a mente foi profundamente afetada pelo pecado.
Felizmente Romanos não começa, nem termina aqui. Mesmo quando Deus abandona um povo orgulhoso e rebelde, ele deixa o seu próprio povo no meio deles, como um testemunho vivo do amor e da verdade. O evangelho permanece lá, na pregação e na vida do povo de Deus. E assim muitos, até o fim, terão a oportunidade do arrependimento e da salvação. As fortalezas das trevas podem ser grandes, mas os discípulos de Jesus tem dinamite espiritual nos seus corações. O Evangelho prevalecerá.
Compartilhe com seus irmãos quais sintomas descritos nessa passagem podem ser observados nos dias de hoje. Separe um tempo no encontro para ser dedicado à oração por aqueles que têm sido entregues por Deus a si mesmos, para que a luz do Evangelho transformador de Deus possa brilhar em nossos dias.