Semana de 15 a 21 de janeiro de 2023

LER: João 6:32-58 e João 6:5-14

Jesus é o único alimento que pode preencher o vazio do coração humano e dar a vida eterna. Assim como o milagre da água transformada em vinho aconteceu, não apenas para alegrar uma cerimônia de casamento, mas para mostrar que Jesus é a videira verdadeira de Deus, também aqui, com a multiplicação dos pães, não aprendemos apenas sobre a provisão para as necessidades físicas, mas somos confrontados com uma lição muito mais profunda.

Nosso Senhor corrige aqueles que o seguiam apenas por causa do sinal da multiplicação e traz um ensino que pode ser dividido em três partes:

1º: Ele explica qual é a verdadeira necessidade humana: Não é apenas o alimento físico, mas o espiritual. O pão que desce do céu é o único que pode dar vida ao mundo. A alma humana anseia por algo que os recursos deste mundo não podem satisfazer. 

Quem vive em torno de suprir suas próprias necessidades vai descobrir que os prazeres momentâneos desta vida, até mesmo nas coisas lícitas, não nos preenchem por completo. Existe um pão físico que satisfaz por um dia, mas nossa verdadeira necessidade é de um pão que possa nos dar a vida eterna. Mesmo que Jesus multiplicasse o pão físico todos os dias para aquela multidão, ainda assim, essa provisão seria passageira.

2º: Jesus anuncia que ele mesmo é a provisão final de Deus para a maior necessidade humana: “Eu sou o pão vivo que desce dos céus”. Alguém já disse que ter muito, sem Jesus, é nada; mas ter pouco, com Jesus, é mais do que precisamos. Paulo escreveu em Filipenses 4:13 que podemos tudo em Cristo que nos fortalece e, em 2 Coríntios 12:9, que a graça de Deus nos basta. Jesus é o único que pode preencher a lacuna eterna nos corações humanos. Ele nos dá paz, certeza da vida eterna, descanso em meio às lutas e razão para viver neste mundo. Como diz uma bela tradução do Salmo 23: “O Senhor é meu pastor, eu tenho tudo que preciso”.

3º: Aprendemos que a provisão de Deus em Cristo é definitiva: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente”. Até mesmo o maná com que Deus alimentou a Israel no deserto era um alimento passageiro que sustentava o corpo por algumas horas. No entanto, a alma que se alimenta de Jesus nunca mais terá fome. Como ele disse para a mulher samaritana: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:13-14).

Vivemos em dias em que tudo ao nosso redor é incerto: a economia, o clima, a tecnologia e os fenômenos sociais. Diante de um mundo confuso como este, só pode ser confiante aquele cuja alma encontrou o verdadeiro pão. Jesus disse: “quem de mim se alimenta, por mim viverá”. Ele é o único caminho para sermos verdadeiramente satisfeitos.

Para você, o que significa “alimentar-se de Jesus”? Como isso pode ser feito diariamente e qual o efeito desta alimentação em nossa vida?
Também precisamos cuidar com os falsos substitutos. A multidão seguiu a Jesus porque comeu os pães físicos que ele multiplicou, pensando que assim ficariam satisfeitos. Jesus os corrigiu, mas nós, como podemos ser livres desse perigo em nossos dias?