Semana de 13 a 19 de novembro de 2022
LER: Filipenses 3:10-16
Quando o Senhorio de Cristo se estende sobre a nossa vida, ganhamos propósito, razão de viver e um alvo a alcançar.
No versículo 10 de Filipenses 3, aprendemos que o desejo maior de Paulo era conhecer a Cristo. Não um apenas conhecimento intelectual, mas experimental. À medida que sua mente era cheia de Jesus, seu coração buscava: “o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos…”.
Diante de um estilo de vida como esse, o apóstolo medita em uma característica que todos nós temos em comum: ainda não alcançamos a perfeição. Quando olhamos para as glórias da vida de nosso amado Senhor Jesus, sempre teremos a convicção de que estamos aquém de tudo que Ele é. Nossos pecados constantemente ferem a nossa consciência e são uma arma nas mãos do acusador, para nos lembrar de quão imperfeitos ainda somos.
É em momentos assim, com sentimento de culpa e ainda sujos por pecados talvez até recém-cometidos, que podemos nos apegar em uma das mais lindas verdades do livro de Filipenses: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
Esquecemos das coisas que ficam para trás, porque Deus também se esqueceu dos nossos pecados (Hb 10:17). Foram lançados nas profundezas do mar (Mq 7:18,19). Deus não se cansa de nos perdoar, porque cada novo pecado é, para ele, como se fosse nosso primeiro e também o último. Não há memória das nossas falhas diante da sua presença. O próprio escrito de dívida, onde todas as nossas ofensas eram catalogadas, foi fixado na cruz e pago por completo (Cl 2:14).
No entanto, não basta termos o perdão dos pecados passados se não tivermos uma esperança futura. Não basta termos o perdão por trás se não tivermos um alvo à frente. Nos levantamos de cada pecado cometido lembrando do poder de Jesus para perdoar, mas seguimos andando, e olhando o poder de Jesus para nos transformar.
Ele é o alvo. Ele é o prêmio. Ele é a herança. Seguiremos a Jesus sem desanimar!
Por fim, Paulo diz: “todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento”. É assim que ele fecha esse parágrafo, propondo uma aparente contradição. Afinal de contas, nós somos ou não somos perfeitos?
Depende. Se olhamos para as coisas que ficaram para trás, sempre seremos lembrados da nossa imperfeição. Nossos pecados estarão ali, empilhados uns sobre os outros, como um museu de fracassos e falhas. Entretanto, quando esquecemos das coisas que ficam para trás e olhamos para as que estão adiante de nós, vemos a Cristo. Descobrimos que nele, e somente nele, somos perdoados, somos aceitos, somos amados, somos perfeitos.
Essa é a chave para uma vida com propósito: olharmos para o que está adiante de nós. Vamos encorajar uns aos outros a cuidarmos com as distrações e com aquilo que ficou para trás. Use o tempo do encontro na casa para ministrar cura e arrependimento sobre seus irmãos pelas coisas antigas, e ânimo de olharmos juntos para Cristo e sermos transformados por ele.
