Semana de 06 a 12 de novembro de 2022
LER: Filipenses 3:2-11
Onde está a nossa confiança? Confiamos na carne ou temos depositado nossa confiança e esperança no Senhor? Essa passagem que vamos compartilhar hoje é uma das mais importantes em Filipenses porque explica, de forma viva e prática, qual é o impacto do senhorio de Cristo sobre a vida de um discípulo.
O currículo de Paulo era impressionante aos olhos da religião. Separado desde a infância para ser um destaque em seus méritos como fariseu, ele era um homem de intelecto brilhante. Nascido em Tarso da Cilícia, cidade de uma das maiores universidades do seu tempo, Paulo tem sido chamado por alguns estudiosos de “um homem de três mundos” por ter domínio da filosofia Grega, da cultura Romana e da religião Judaica. Alguns historiadores chegam a dizer que é inaceitável o fato de Paulo fazer trabalhos manuais, porque dizem que um homem de tamanho nível intelectual seria certamente muito rico.
Mas aqui em Filipenses aprendemos aquilo que os historiadores parecem ser incapazes de descobrir: “o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo”. Quando Paulo conheceu Jesus houve uma redefinição das suas prioridades. Aquilo que era de maior importância, passou a ficar em segundo plano se fosse comparado com o imenso desejo que ele tinha de conhecer mais a Cristo.
Nós vivemos em dias em que a mediocridade espiritual é aceita como normal. Muitos se satisfazem com um conhecimento raso de Cristo e querem conhecê-lo, mas apenas até um nível confortável que não entre em conflito com as suas vontades e seus prazeres. Paulo, porém, nos dá uma outra perspectiva: “considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele”.
Uma vida verdadeiramente íntima com o Senhor nos custa tudo. Às vezes, como no caso do Jovem rico, somos desafiados por Jesus a nos desfazermos dos excessos que nos prendem a esse mundo. Em outros casos, somos desafiados não a uma mudança de condição, mas de coração. Perdemos tudo, porque entregamos o que temos ao Senhor, para o benefício e serviço do Seu Reino. Esse é o caminho da verdadeira felicidade, encontrar em Cristo o nosso maior prazer, buscá-lo todos os dias, conhecê-lo e participar dos seus sofrimentos, andar com Ele. Isso muda toda a nossa perspectiva e nossas definições de sucesso. Conhecer a Cristo, deixa de ser um meio e passa a ser um fim em si mesmo. Ele se torna o objeto e o alvo de toda a nossa confiança.
Façam, portanto, do encontro da igreja na casa um ambiente de intensa busca ao Senhor. Como grupo, compartilhem uns com os outros uma pergunta muito individual: “quem é Cristo para você?“. Baseados nas respostas, tenham um tempo para buscar ao Senhor e pedir que ele se revele de forma nova e especial para cada um.