Semana de 2 a 8 de janeiro de 2022
DÍZIMO significa a décima parte (10%). Tudo o que existe em nossas mãos pertence ao Senhor (100%), e Ele nos ordena que, pelo menos, 10% nós devolvamos a Ele, em obediência e compromisso, para sustentar a Sua obra. Este percentual é a referência que vemos na Bíblia estabelecida pelo Senhor, mas podemos ir além, pois, no fundo, o dízimo faz parte do relacionamento pessoal do discípulo com seu Senhor (Mt 5.20).
Dizimamos por reconhecer que tudo vem do Senhor (1Cr 29.14), para contribuir na sua obra (Ml 3.10a) e como um ato de fé, pois Ele continuará nos cuidando e sustentando (Ml 3.10b). Precisamos considerar que o dízimo não é nosso, mas do Senhor (Ml 3.8). Por isso, assim como fez Abel, nosso dízimo deve ser das primícias, e não da sobra, como fez Caim (Gn 4.3-4; Pv 3.9).
O dízimo é entregue integralmente aos irmãos que nos presidem no Senhor; estes são as autoridades delegadas por Deus para pastorear as nossas vidas e administrar os dízimos e as ofertas (1Tm 5.17,18). Como o dízimo é do Senhor, se as autoridades fizerem algo errado com esse recurso, prestarão contas diretamente a Ele (Lc 16.2).
Mesmo antes da lei encontramos Abraão entregando o dízimo a Melquisedeque, que era “sacerdote do Deus Altíssimo” (Gn 14.18-20), bem como Jacó, que, por fé, prometeu agir dessa forma quanto ao que recebesse do Senhor (Gn 28.18-22).
Em Deuteronômio, vemos o dízimo ser incorporado à lei (Dt 18.1-5). Já em Malaquias 3.10, os dízimos são reivindicados pelo próprio Deus, após Seu povo voltar do cativeiro na Babilônia e estar esquecido dEle e de Suas ordenanças. O dízimo era dado a Deus através dos sacerdotes levitas (Números 18.20-21). No terceiro ano, era dado também para o levita, o estrangeiro, o órfão, e a viúva (Deuteronômio 26.12).
Certa vez o Senhor Jesus disse aos religiosos que eles eram cuidadosos com os dízimos, mas deixavam de lado outros preceitos de Deus: “devíeis, porém, fazer estas coisas (=dar os dízimos), sem omitir aquelas (=os preceitos)”, prática que era observada pela igreja nos primeiros séculos, segundo algumas referências do livro de Atos e das cartas.
OFERTAS – enquanto os dízimos se direcionam ao sustento de pessoas, as ofertas se dirigem às necessidades da obra e auxílio para os que são alcançados pela igreja, mostrando de forma prática a nossa misericórdia.
De qualquer forma, ofertamos por causa do Senhor, por amor a Ele, por saber que ele deseja abençoar este ou aquele indivíduo (ou grupo) por meio do seu corpo, que é a Igreja.
O Senhor Jesus ensinou aos discípulos que Deus só aceita a oferta daquele que está reconciliado com seus irmãos. Depois ele conclui: “… faze a tua oferta” (Mt 5.23,24). Paulo também orientou os discípulos a ofertarem conforme o que tivessem proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. (2 Co 9.7).
Temos exemplos de ofertantes segundo o coração de Deus em Êx 36.5-7, Rm 15.26, 2 Co 8.1-4, Fp 4.15-18, etc. Mas, talvez o exemplo mais notável seja o da viúva pobre (Marcos 12.41-44), cuja motivação (e fé) agradou ao Senhor. Ele elogiou sua atitude ao dizer: “Em verdade lhes digo que esta viúva pobre lançou na caixa de ofertas mais do que todos os ofertantes. Porque todos eles deram daquilo que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento”.
Paulo chama de ‘graça’ a oferta dos cristãos gentílicos em favor dos cristãos de Jerusalém que passavam necessidades (2 Co 8.1,6,7,19). Quando se oferta motivado pela graça divina, este ofertar proporciona ao doador a oportunidade de dar-se junto com a dádiva. Jesus é o supremo exemplo desta forma de doar: ele não somente nos dá algo, mas dá-se a nós e por nós.